Você já notou um sangramento durante a escovação e se perguntou se deveria ”pegar leve” na escovação, abandonando o fio dental? É importante se atentar aos sinais clínicos, bem como suas causas e o que deve ser feito frente a essa situação.
O Sangramento Gengival é muitas vezes confundido como “Normal” ao invés de ser compreendido como “Comum”. Uma gengiva saudável não tem nenhum tipo de sangramento, seja este espontâneo ou induzido no exame do dentista ou higiene oral diária. Devemos sempre entender que uma gengiva sangrando é uma gengiva doente (gengivite ou periodontite, por exemplo).
O maior problema é que, muitas vezes, o paciente que tem esse sangramento gengival fica com “medo” da gengiva. Nessa hora acontece o maior erro: “Medo de escovar os dentes”. O primeiro passo antes de se desesperar com esse sangramento é higienizar melhor a região entre os dentes e gengivas. Para isso temos: técnicas corretas de escovação; escolha correta da escova; uso eficiente de higiene entre os dentes (fio dental, “waterpik”, escovas interdentais); e uso complementar de enxaguatórios orais.
Outro erro é tentar passar a informação de uma maneira muito superficial ao paciente, dizendo que ele “deve escovar melhor a gengiva”. Isso pode induzir o paciente a interpretar “ao pé da letra” e traumatizar a superfície gengival, sem solucionar o sangramento e ainda causando mais sequelas. Caso, mesmo com a melhora da higienização, o Sangramento Gengival persista, é essencial uma avaliação detalhada pelo Cirurgião-Dentista clínico geral e/ou Especialista Periodontista para conduzir a melhor forma de tratamento. Lembrando, escovar “mais vezes” ou “muitas vezes” nem sempre quer dizer que está escovando “melhor”.
Como tratar?
Muitas vezes, esse sangramento pode ser solucionado com apenas a mudança dos maus hábitos de higiene bucal. Sinais como gengiva inchada, avermelhada e sangrante sem a presença de muita placa bacteriana ou acúmulo de restos alimentares indicam que apenas com a correta utilização do fio dental e da escovação as gengivas podem voltar à condição de saúde. No entanto, a presença de placas mais calcificadas, conhecidas como tártaro, apontam para um diagnóstico mais severo, necessitando a visita ao dentista para que se realize uma limpeza profissional, além de uma investigação minuciosa da causa.